sábado, 21 de abril de 2012

Sexta-feira, 20 de Abril de 2012

Estou no avião de regresso a Lisboa. Lá fora o sol espraia os seus raios cor de fogo por cima do manto de nuvens, flocos brancos amontoados sobre o Mar Mediterrâneo que o avião sobrevoa como uma águia vigilante. Hoje tenho direito a um pôr-do-sol prolongado, graças à hora de diferença entre a origem e o destino. Entretanto acabei de ler o livro francês que tinha trazido, este meu projecto concretizou-se graças à capacidade narrativa de Katherine Pancol e ao despertar daqueles meus neurónios que guardavam a sete-chaves o vocabulário de francês. Adoro quando um livro me faz desejar que o tempo não passe para poder continuar a ler! É preciso ter talento para cativar e esta história fascinou-me. Mais do que isso, a força e veracidade das personagens inspiraram-me a olhar melhor para as pessoas que tenho em redor, e principalmente para mim mesma.

Não quero estragar a surpresa de quem quer ler o livro, mas posso dizer que a história fala de pessoas que podiam ser reais, de França e Inglaterra, e de crocodilos de olhos amarelos. Fala de dinheiro, de relações decadentes, de fragilidades humanas, das futilidades de um estatuto social elevado, de mudanças difíceis. Mas também fala de coragem, de sonhos, de esperança, da força que vem do amor, do valor do trabalho árduo. Fala dos escolhos e das recompensas que a vida nos dá em qualquer fase da vida e da possibilidade que temos em dançar com ela, com a vida, em vez de a tentarmos impedir de seguir o seu ritmo. Recomendo.

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