segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pizzo Faiè

Domingo de manhã. Indecisa entre render-me à preguiça do fim-de-semana e a aventura de um passeio todo-o-terreno em Valgrande. O meu corpo, com os restícios da constipação e o cansaço da semana de regresso ao trabalho, dizia-me para ficar em casa e aproveitar o abençoado repouso. A minha mente dizia-me para sair de casa, aproveitar o sol e a montanha e treinar os músculos enfraquecidos pelas férias. Venceu a mente.

O trilho, bordejado de faias e coberto de folhas secas e estaladiças, era fácil e a paisagem lindíssima. Do Pizzo (cume) viam-se os vários lagos das redondezas (Maggiore, Varese, Monate, Orta), as cidades de Laveno, Varese, Domodossola e as torres industriais de Milão, ao longe. A neve brilhava nos cumes mais altos e as folhas esvoaçavam com o vento, digno de uma cena de "American Beauty".




Gosto de montanhas. Da paisagem, dos recortes geológicos naturais, das cores, dos microclimas.  E gosto do espírito que envolve quem trepa uma montanha, da vontade universal de se deitar ao sol com poças de neve ao lado e dos momentos de partilha de chá quente do termo e de chocolate Toblerone. Coisas simples que me encheram o coração.


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