quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As Cinco Terras...


... são um conjunto de 5 aldeias alcandoradas nas falésias do mar Tirreno, na região da Liguria. Zona de mar e sol e de muitos turistas. Todos os meus colegas que já lá tinham passado tinham-me aconselhado vivamente uma visita, fora da época alta de Verão se possível. Mas a oportunidade surgiu ao acaso e, sem pensar muito, eu e 3 amigos apanhámos o comboio para Génova e para as 5 Terre para um fim-de-semana de descanso, caminhadas e passagem por sítios da Unesco.  

Génova vista de cima

Génova é uma cidade portuária, uma das 4 "Reppubliche Marinare" ao lado de Veneza, Amalfi e Pisa, cidades que na Idade Média gozavam de autonomia politica devido à prosperidade económica derivada das actividades marítimas. É também a cidade com o maior centro histórico da Europa e onde ruas inteiras são património da Humanidade pela Unesco. Com uma atmosfera urbana admiravelmente tranquila, a alma de Génova revela-se na relação com o mar, também visível num dos maiores Aquários europeus (senão o maior) e na área de Boccadasse que roça o mar. Esta mesma alma citadina aparece-nos nas ruas sombrias e labirinticas, muito estreitas e com prédios tão altos que impedem que os raios de sol atinjam o solo.

Alguns dos estranhos seres que habitam o Aquário

Boccadasse, uma das praias

A pouco mais de uma hora de comboio de Génova, chegamos ao Parque Natural das Cinque Terre. Ligadas por um caminho pedestre com vista sobre o mar, cada uma destas 5 aldeias se concentra nos locais mais inacessíveis das falésias, aqueles onde a construção é difícil e a agricultura quase impossível (mas mesmo assim existente, pelo menos as vinhas). Em frente às 5 Terre, o mar abre-se completamente num horizonte ilimitado de azul dourado. O caminho cheira a mato mediterrânico e a sal. A comida é de mar, marisco ou peixe com massa. E onde existe a famosa Via dell'Amore, 20 minutos de caminhada que serve de pretexto para um passeio romântico (pela vista sobre o mar), para todas as idades.

Via dell'Amore

No fim da caminhada de várias horas a subir e descer as falésias sob o sol escaldante de fim de Agosto, a recompensa esperava-nos no mar espicaçado (muito raro por estas bandas) e quentinho... hum, bem mais quentinho que o Atlântico. Numa praia pública (também coisa rara) atulhada de turistas e onde a areia se esconde entre os seixos que cobrem a maior parte do solo. Mesmo com praias assim, foi uma grande viagem de fim-de-semana.
O mar Tirreno...

Uma das praias nas Cinque Terre (sim, é mesmo cimento)

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